Biotecnociência, biopolítica e bioética: diálogo necessário para a sobrevivência da humanidade
DOI:
https://doi.org/10.14422/rib.i14.y2020.002Palavras-chave:
ciência, biotecnociência, biopolítica, necropolíticaResumo
A ciência e a biotecnociência que, à princípio, protegem às vidas, também pode gerar riscos às suas sobrevivências. Ao mesmo tempo em que desejamos as benesses de ambas, também as tememos, talvez pelo fato de que no Brasil e no mundo, vivemos tempos sombrios, marcados pelas incertezas de uma “biopolítica da morte” ou “necropolítica”. A revisão crítica de literatura aqui proposta, tem como escopo refletir sobre a relação entre a ciência, a biotecnociência, a biopolítica e a bioética, contribuindo para uma percepção clara, tanto dos efeitos de uma “ciência sem consciência”, como da necessidade de construção de uma biotecnociência, que atenda às demandas sociais em tempos de COVID-19.
Downloads
Referências
Agamben, G. (2002). Homo sacer: o poder soberano e a vida nua. Belo Horizonte: Editora UFMG.
Berlinguer, G. (2000). Equidade, qualidade e bem-estar futuro. In Garrafa, Volnei & Costa, (orgs.), A bioética no Século XXI (pp. 41-48). Brasília: Editora Universidade de Brasília.
Cruz, M. R., & Cornelli, G. (2010). (Bio)ética e (Bio)tecnologia. Revista Brasileira de Bioética, 6(1-4), 115-138. DOI: https://doi.org/10.26512/rbb.v6i1-4.7847
Fortes, P. (2000). Avanços tecnológicos significam melhoria na saúde? In Garrafa, Volnei, & Costa (orgs.), A bioética no século XXI. Brasília: Editora Universidade de Brasília.
Foucault, M. (2000). Em defesa da Sociedade. Curso no Collège de France (1975-1976). Aula de 17 de Março de 1976 (pp. 285-315). Tradução Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2 tiragem.
Foucault, M. (2001). A microfísica do poder (Roberto Machado, Trad.), (16.ª ed.). Rio de Janeiro: Edições Graal.
Garrafa, V. (1998). Bioética e Ciência - Até onde Avançar sem Agredir. In Costa, Ferreira & Garrafa (orgs.), Ini¬ciação à Bioética (pp. 99-110). Brasília: Conselho Federal de Medicina.
Garrafa, V. (2005a). Da bioética de princípios a uma bioética interventiva. Revista Bioética, Conselho Federal de Medicina, 13(1), 125-134.
Garrafa, V. (2005b). Inclusão social no contexto político da bioética. Revista Brasileira de Bioética, 1(2), 122- 132. DOI: https://doi.org/10.26512/rbb.v1i2.8066
Gefaell, C. V. (2015). De la necropolítica neoliberal a la empatía radical: Violencia discreta, cuerpos excluidos y repolitización (Espanhol) Capa Comum – 17 nov.
Mbembe, A. (2016). Necropolítica - biopoder, soberania, estado de exceção política da morte. Arte & Ensaios, 2(32), 132-151. Recuperado de https://revistas.ufrj.br/index.php/ae/article/view/8993/7169
Potter, V. R. (2016). Bioética, ponte para o futuro (Diego Carlos Zanella, Trad.). São Paulo: Edições Loyola.
Rago, M., & Veiga-Neto, A. (orgs.). (2019). Para uma vida não fascista (1.ª ed.). Belo Horizonte: Autêntica Edi¬tora. Coleção Estudos Foucaultianos.
Santos, I. L. (2020). Igualdade, equidade e justiça na saúde à luz da bioética. Rev. Bioética, 28(2), 229-238. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-80422020282384
Schramm, F. R. (2010). Existem boas razões para se temer a biotecnociência? Revista Bioéthicos. São Camilo, 4(2), 189-197. Recuperado de https://saocamilo-sp.br/assets/artigo/bioethikos/76/189a197.pdf
Schramm, F. R. (2008). Bioética de proteção: ferramenta válida para enfrentar problemas morais na era da globalização. Rev. Bioética, 16(1), 11-23. Recuperado de https://bit.ly/2UDcRKR
Schramm, F. R. (2009). O uso problemático do conceito “vida” em bioética e suas interfaces com a práxis biopolítica e os dispositivos de biopoder. Revista Bioética, 17(3), 377-389. Recuperado de http://revista-bioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/505/506
Schramm, F. R. (2005). A moralidade da biotecnociência: a bioética da proteção pode dar conta do impacto real e potencial das biotecnologias sobre a vida e/ou a qualidade de vida das pessoas humanas? In Schramm, Rego, Braz, & Palácios (orgs.), Bioética, riscos e proteção (pp. 15-28). Rio de Janeiro: UFRJ/ Fiocruz.
Sloterdijk, P. (2000). Critique de la raison cynique. Paris: Christian Bourgois.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Los autores de artículos aceptados en la Revista Iberoamericana de Bioética conservan los derechos de propiedad intelectual sobre sus trabajos y otorgan a la revista los permisos de distribución y comunicación pública de los mismos, consintiendo que se publiquen bajo una licencia Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0 Internacional. Se recomienda a los autores publicar su trabajo en Internet (por ejemplo en páginas institucionales o personales, repositorios, etc.) respetando las condiciones de esta licencia y citando debidamente la fuente original.