Internação compulsória como estratégia de resgate da saúde mental e autonomia de pacientes dependentes químicos
DOI:
https://doi.org/10.14422/rib.i24.y2024.003Palavras-chave:
bioética, internação compulsória de doente mental, autonomia pessoal, vulnerabilidade socialResumo
Conhecer a opinião de médicos sobre internação compulsória como estratégia de resgate da saúde mental e autonomia de pacientes dependentes químicos. Um estudo descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa, realizado em um hospital especializado em psiquiatria. Os sujeitos da pesquisa foram constituídos por sete médicos. Utilizou-se um instrumento para a caracterização dos participantes e roteiro de entrevista semiestruturado. Da convergência entre as categorias iniciais obtidas a partir da análise de conteúdo originaram-se duas categorias finais. Na primeira, denominada “Internação Compulsória: a autonomia, os direitos dos pacientes e os direitos e deveres dos profissionais”, emergiram duas subcategorias: Internação compulsória: é necessária pelo risco à sociedade, e as questões éticas e técnicas desta prática; e Internação Compulsória: perda da liberdade ou recomeço? A segunda categoria intitulada “Equipe multiprofissional: processo de inserção social”. Os resultados apontaram que a internação compulsória é benéfica desde que tenha finalidade terapêutica, prezando pela preservação da sua integridade.
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