Publicidade e comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância: regulação como responsabilidade do estado brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.14422/rib.i07.y2018.009Palavras-chave:
criança, proteção, regulação, alimentos, bioéticaResumo
Esse estudo mapeou estratégias de regulação da publicidade e comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância, discutindo seu papel sob a ótica da bioética de intervenção. Adotou-se metodologia qualitativa, com levantamento e análise documental da legislação sobre o tema. O marco legal é recente e abrangente; considerando os baixos índices de aleitamento materno e os indicadores relativos à introdução precoce e inadequada da alimentação complementar no Brasil, impõem-se medidas educativas e regulatórias atuantes sobre produção, publicidade e comercialização de alimentos, lógica corroborada pelo marco da bioética de intervenção, visando redução das vulnerabilidades e proteção à infância.
Downloads
Referências
Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2009). Pesquisa sobre Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009. Recuperado de https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009_encaa/default.shtm
Brasil. Ministério da Saúde. (2015). Cadernos de Atenção Básica n. 23. Saúde da Criança: Aleitamento Materno e Alimentação Complementar - 2ª Edição. Brasília: Ministério da Saúde. Recuperado de http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab23
Brasil. Vigitel. (2017). Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. Ministério da Saúde. Recuperado em http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/abril/17/Vigitel.pdf
Decreto nº 8.552, de 3 de novembro de 2015.[Internet]. Diário Oficial da União. 2015 nov. 04 [acesso em 2017 mar]. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Decreto/D8552.htm
Dratch, C. B., Rosaneli, C. F., Silva, D. A. C., Biscioni, D. N., & Cunha, T. R. (2017). Considerações éticas acerca da proteção da infância frente à prevalência de excesso de peso. Revista Brasileira Bioética, (13),1. Recuperado de https://bioetica.catedraunesco.unb.br/?page_id=611
Lei nº 11.265, de 3 de janeiro de 2006. Regulamenta a comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e também a de produtos de puericultura correlatos. [Internet]. Diário Oficial da União. 2006 jan. 04 [acesso em 2017 mar]. Recuperado de http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/dd8746004745968f9e6bde3fbc4c6735/Lei+N%C2%BA+11265.pdf?MOD=AJPERES
Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria de Vigilância em Saúde. Política nacional de promoção da saúde. [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2010, 3ª ed. [acesso em 2017 set]. Recuperado de: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promocao_saude_3ed.pdf
Monteiro, R. A. (2013). Influência de aspectos psicossociais e situacionais sobre a escolha alimentar infantil. (Tese doutorado). Universidade de Brasília, Brasília. Recuperado de http://repositorio.unb.br/handle/10482/4699
OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. (2012). Recomendações da consulta de especialistas da Organização Pan-Americana da Saúde sobre a promoção e a publicidade de alimentos e bebidas não alcoólicas para crianças nas Américas. Washington DC. Recuperado de http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_docman&task=doc_view&Itemid=270&gid=17262&lang=pt
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura [UNESCO]. (2006). Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. Brasília: Cátedra UNESCO de Bioética da Universidade de Brasília.
Rosaneli, C. F., Silva, D. A. C., & Ramos, A. G. (2016). Vulnerabilidade e autonomia nas escolhas alimentares. In R. Parizi, & C. F. Rosaneli (Org.), Bioética e Saúde Pública. 1ed. Curitiba: CRV.
Rossi, A., Moreira, E. A. M., & Rauen, M. S. (2008). Determinantes do comportamento alimentar: uma revisão com enfoque na família. Rev. Nutr., 21(6), 739-748. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732008000600012.
Silva, D. A. C. (2016). Publicidade de alimentos para crianças e adolescentes: desvelar da perspectiva ética no discurso do consumo consciente e informado. (Dissertação de mestrado). Brasília: Universidade de Brasília. Recuperado de http://repositorio.unb.br/handle/10482/19907
Silva, D. A. C., Cunha, A. C. R., Cunha, T. R., & Rosaneli, C. F. (2017). Publicidade de alimentos para crianças e adolescentes: desvelar da perspectiva ética no discurso da autorregulamentação. Ciência & Saúde Coletiva, 22(7), 2187-2196. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232017227.03222017
UNESCO. (2013). The Principle of Respect for Human Vulnerability and Personal Integrity. Report of the International Bioethics Committee of UNESCO (IBC). Paris. Recuperado de http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002194/219494E.pdf
Vasconcellos, A. B., Goulart, D., Gentil, P. C., & Oliveira, T. P. (2010). A saúde pública e a regulamentação da publicidade de alimentos. Brasília: Ministério da Saúde. Recuperado de http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/regulamentaPublicidadeAlimentos.pdf
Veiga, E., Pannuzio, E., Cunha, T., & Garrafa, V. (2011). A legitimidade da intervenção estatal na publicidade de produtos sujeitos à vigilância sanitária. Revista de Direito Sanitário, 12(2), 91-111. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v12i2p91-111
Vieira, G. O., Silva, L. R., Vieira T. O., Almeida, J. A. G., & Cabral, V. A. (2004). Hábitos alimentares de crianças menores de 1 ano amamentadas e não-amamentadas. J Pediatr (Rio J), 80(5), 411-416. DOI: https://doi.org/10.2223/1227
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Los autores de artículos aceptados en la Revista Iberoamericana de Bioética conservan los derechos de propiedad intelectual sobre sus trabajos y otorgan a la revista los permisos de distribución y comunicación pública de los mismos, consintiendo que se publiquen bajo una licencia Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0 Internacional. Se recomienda a los autores publicar su trabajo en Internet (por ejemplo en páginas institucionales o personales, repositorios, etc.) respetando las condiciones de esta licencia y citando debidamente la fuente original.