The Invisibility of Women Who Provide Home Care in Brazil

Authors

  • Ana Beatriz Costa Silva Pontifical Catholic University of Paraná image/svg+xml
  • Valquíria Elita Renk Pontifical Catholic University of Paraná image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.14422/rib.i29.y2025.007

Keywords:

home care, female caregivers, gender inequality, patriarchy

Abstract

This article aims to discuss gender issues and the global phenomenon of growing demand for unpaid and socially unrecognized home care, a responsibility which, in Brazil, falls mainly to women. The questions asked are: how much time do women devote to caregiving? And do factors such as education, race, and income influence the amount of time devoted to this care? This research adopts a narrative review as its methodological approach based on the analysis and interpretation of data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). The results show that women devote many hours a day to caring for others, in a position of subordination, with distinct and hierarchical social roles, with domestic and caregiving responsibilities, limiting their participation in the labor market and perpetuating inequality. The theoretical discussion is carried out in perspective with the authors Birolli (2016), Bourdieu (2012), Buziquia et al. (2018), Díaz Cueva (2025), Federici (2019), Gilligan (2003), Zoboli (2003), and the results reinforce that gender inequality persists intrinsically in various social spheres.

Downloads

Download data is not yet available.

References

Aquino, P.M. (2025). A mulher negra e o cuidado atravessamentos de raça, classe e gênero no maternar negro. Inventário Revista dos estudantes de pós graduação do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia, (36), 56-74.

Articulação de Mulheres Brasileiras. (2023). Manifesto AMB - 8 de março 2023. Articulação de Mulheres Brasileiras. https://ambfeminista.org.br/manifesto-amb-8-de-marco-2023/

Berkowitz, I., & Morrison, W. (2007). Do Not Attempt Resucitation Orders in Pediatrics. Pediatric Clinics of North America, 54(5), 757-771. https://doi.org/10.1016/j.pcl.2007.06.005

Birolli, F. (2016). Divisão sexual do trabalho e democracia. Dados rev. ciênc. sociais, 59(3), 719-754. https://doi.org/10.1590/00115258201690

Bourdieu, P. (2012). A dominação masculina (11.ª ed.). Bertrand do Brasil.

Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Senado Federal.

Brasil. (1996). Decreto n.º 1.973, de 1 de agosto de 1996: Promulga a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, concluída em Belém do Pará em 9 de junho de 1994. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1996/d1973.htm

Brasil. (2024). Lei n.º 15.069, de 23 de dezembro de 2024: Institui a política nacional do cuidado. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L15069.htm

Brasil. Câmara dos Deputados. (2017, set.). Economia do cuidado. https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/estudos-e-notas-tecnicas/fiquePorDentro/temas/economia-do-cuidado-set-2017

Bruschini, C., Costa, A. O., Hirata, H., & Sorj, B. (orgs.). (2008). O trabalho e o tempo. FGV.

Buziquia, S. P., Renk, V. E., Bordini, A. S. J., & Serrano, R. R. (2019). As experiências das mulheres cuidadoras familiares e a ética do cuidado: um estudo entre Brasil e Espanha. Revista Brasileira de Bioética, 14(edsup), 1788. https://doi.org/10.26512/rbb.v14iedsup.26306

Câmara dos Deputados. (2024). Projeto de Lei n.º 1225/2024. https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2422799

Carvalho, M. I., & Almeida, M. J. (2014). Contributo para o desenvolvimento de um modelo de proteção social na velhice em Portugal. https://app.com.pt/wp-content/uploads/2014/07/Artigo_Contributo-para-o-desenvolvimento-de-um-modelo-de-prote%C3%A7%C3%A3o-social-na-velhice-em-Portugal_M%C2%AAIC-e-MJA.pdf

Ceccon, R. F., de Souza Vieira, L. J. E., Praça Brasil, C. C., Gutterres Soares, K., de Menezes Portes, V., Severo Garcia, C. A., Schneider, I. J. C., & Ferreira Carioca, A. A. (2021). Envelhecimento e dependência no Brasil: Características sociodemográficas e assistenciais de idosos e cuidadores. Ciência & Saúde Coletiva, 26(1), 17-26. https://doi.org/10.1590/1413-81232020261.30352020

Collins, P. H. (2009). Black feminist thought. Routledge.

Costa Silva, A. B. (2023). A colonialidade de gênero: Sobrecarga do trabalho feminino em tempos de pandemia do Coronavírus. Gênero, 24(1), 206-232. https://doi.org/10.22409/rg.v24i1.57116

Díaz Cueva, M. del P. (2025). El rol de la mujer como cuidadora familiar de pacientes en el final de la vida: una perspectiva desde la ética del cuidado. Revisión sistemática (enero 2010 – junio 2024). Revista Iberoamericana de Bioética, (28), 01-20. https://doi.org/10.14422/rib.i28.y2025.007

Epker, E., & Almeida, F. (2023, 20 de novembro). Economia do cuidado: Mulheres são responsáveis por mais de 75% do trabalho não remunerado. Forbes Brasil. https://forbes.com.br/forbes-mulher/2023/11/economia-do-cuidado-mulheres-sao-responsaveis-por-mais-de-75-do-trabalho-nao-remunerado/

Espín Andrade, A. M. (2008). Caracterización psicosocial de cuidadores informales de adultos mayores con demencia. Revista cubana de Salud Pública, 34(3).

Federici, S. (2019). O ponto zero da revolução: Trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. (Coletivo Sycorax, Trad.). Elefante.

Feinholz, D. (2016). Las investigaciones Biomédicas. Em I. Brena (ed.), Hacia un instrumento regional interamericano sobre la bioética (pp. 233-278). UNAM.

Fundação Getúlio Vargas, Instituto Brasileiro de Economia. (2015, 4 de agosto). Mais da metade dos lares brasileiros é chefiada por mulheres, que ganham 30% a menos que os homens, aponta Janaína Feijó. https://ibre.fgv.br/blog-da-conjuntura-economica/artigos/mais-da-metade-dos-lares-brasileiros-e-chefiada-por-mulheres

Fundação Getúlio Vargas. (2023). O trabalho não remunerado nas famílias brasileiras e seu impacto potencial no PIB. Portal IBRE. https://portalibre.fgv.br/noticias/o-trabalho-nao-remunerado-nas-familias-brasileiras-e-seu-impacto-potencial-no-pib

Gilligan, C. (2003). A different voice: Psycological theory and woman’s development. Harvard University Press.

Gilligan, C. (2003). Uma voz diferente: Psicologia da diferença entre homens e mulheres da infância à idade adulta. Rosa dos tempos.

Gilligan, C. (2011). Joining the resistance. Polity Press.

Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE). (2025, 26 de agosto). A dificuldade de valorizar o trabalho de cuidado acontecer porque ele é realizado por mulheres, afirma especialista. GIFE. https://gife.org.br/a-dificuldade-de-valorizar-o-trabalho-de-cuidado-acontece-porque-ele-e-realizado-por-mulheres-afirma-especialista/

Guimarães, N. A., Hirata, H. S., & Sugita, K. (2011). Cuidado e cuidadoras: O trabalho de care no Brasil, França e Japão. Sociologia & Antropologia, 1(1), 151-180.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2022). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Retrospectiva 2012-2022. IBGE. https://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Nacional_por_Amostra_de_Domicilios_continua/Principais_destaques_PNAD_continua/2012_2022/PNAD_continua_retrospectiva_2012_2022.pdf

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2023). Retratos de gênero: um olhar sobre as desigualdades no Brasil. IBGE. https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv102066_informativo.pdf

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2023, 22 de março). Mulheres pretas ou pardas gastam mais tempo em tarefas domésticas, participam menos do mercado de trabalho e são mais afetadas pela pobreza. Agência de Notícias IBGE. https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/39358-mulheres-pretas-ou-pardas-gastam-mais-tempo-em-tarefas-domesticas-participam-menos-do-mercado-de-trabalho-e-sao-mais-afetadas-pela-pobreza

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2025). PNAD Contínua - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/2511-np-pnad-continua/30980-pnadc-divulgacao-pnadc4.html

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). (2022). Retratos indicadores: Trabalho doméstico e de cuidados não remunerado. Ipea. https://www.ipea.gov.br/portal/categorias/270-retratos-indicadores/retratos-indicadores-trabalho-domestico-e-de-cuidados-nao-remunerado/15187-trabalho-domestico-e-de-cuidados-nao-remunerado

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). (2024). Retratos indicadores: Trabalho doméstico e de cuidados não remunerado. Ipea. https://www.ipea.gov.br/portal/categorias/270-retratos-indicadores/retratos-indicadores-trabalho-domestico-e-de-cuidados-nao-remunerado/15187-trabalho-domestico-e-de-cuidados-nao-remunerado

Kuhnen, T. A. (2012). A ética do cuidado como alternativa à ética de princípios: Divergências entre Carol Gilligan e Nel Noddings. Ethic, 9(3), 155-168. https://doi.org/10.5007/1677-2954.2010v9n3p155

Medeiro, D. (2024). Territórios de sobrevivência: mulheres negras e o cuidado pensado a partir de uma perspectiva interseccional. Revista Interethnica, 24(1), 167-202.

Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. (2025, 20 de julho). Brasil regulamenta Plano Nacional de Cuidados com publicação de decreto presidencial. https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2025/julho/brasil-regulamenta-plano-nacional-de-cuidados-com-publicacao-de-decreto-presidencial

ONU Mulheres. (2024, 29 de outubro). No Dia Internacional do Cuidado e Apoio, entenda a importância desse trabalho para a sustentação da sociedade. ONU Mulheres. https://www.onumulheres.org.br/noticias/no-dia-internacional-do-cuidado-e-apoio-entenda-o-a-importancia-papel-desse-trabalho-para-a-sustentacao-da-sociedade/

Organização Internacional do Trabalho. (2011). Convenção (N°189) sobre o Trabalho Digno para o Trabalho Doméstico. Bureau Internacional do Trabalho.

Organização Internacional do Trabalho. (2024). Resolução V: Resolução relativa ao trabalho digno e à economia do cuidado. https://www.ilo.org/pt-pt/resource/record-decisions/resolucao-relativa-ao-trabalho-digno-e-economia-do-cuidado

Organização Internacional do Trabalho. (2024). Trabalho de cuidado não remunerado impede 708 milhões de mulheres de participar do mercado de trabalho. Organização Internacional do Trabalho. https://www.ilo.org/pt-pt/resource/news/trabalho-de-cuidados-n%C3%A3o-remunerado-impede-708-milh%C3%B5es-de-mulheres-de

Organização Internacional do Trabalho. (2025). Recuperação do mercado de trabalho perde força, segundo novo relatório da OIT. OIT. https://brasil.un.org/pt-br/287519-oit-recupera%C3%A7%C3%A3o-do-mercado-de-trabalho-perde-for%C3%A7a

Pinheiros, L., Tokarski, C., Vasconcelos, M., & Querino, A.C. (2022). Nota Técnica Junho de 2020 N. 75: Vulnerabilidades das trabalhadoras domésticas no contexto da pandemia de covid-19 no Brasil. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; ONU Mulheres. https://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2020/06/213247_NT_Disoc-N_75_web.pdf

Quijano, A. (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales.

Renk, V. Pontes Buziquia, S., & Juliatto Bordini, A. S. (2022). Mulheres cuidadoras em ambiente familiar: a internalização da ética do cuidado. Cadernos de Saúde Coletiva, 30(3), 416-423. https://www.scielo.br/j/cadsc/a/Rj7CcQFNbJHCTFpwWGrnppp/?lang=pt

SempreViva Organização Feminista. (2023, março). Manifesto de Mulheres Feministas 2023: Politizar o Cuidado e Transformar a Economia. https://www.sof.org.br/politizar-o-cuidado-e-transformar-a-economia

Tamanini, M. (2018). Para uma epistemologia do cuidado: Teorias e políticas. Em M. Tamanini (org.), O cuidado em cena: desafios políticos, teóricos e práticos (pp. 31-70). Editora da UDESC.

Verás Neto, F. Q., & Saraiva, B. C. (orgs.). (2013). Temas atuais de direito ambiental, ecologia política e direitos humanos. Editora da FURG.

Vieira, R. S. C. (2020). Cuidado, crise e os limites do direito do trabalho brasileiro. Revista Direito e Práxis, 11(4), 2517-2542. https://doi.org/10.1590/2179-8966/2020/50150

Zoboli, E. L. C. P. (2003). Bioética do cuidar: A ênfase na dimensão relacional. ESTIMA, 1(1). https://revistaestima.com.br/estima/article/view/124

Mulheres que Cuidam em Domicílio

Published

2025-12-16

How to Cite

The Invisibility of Women Who Provide Home Care in Brazil. (2025). Revista Iberoamericana De Bioética, 29, 01-18. https://doi.org/10.14422/rib.i29.y2025.007